Memória: Há 111 anos nascia o primeiro grande ídolo santista: Araken Patusca

Há exatos 111 anos, no dia 7 de julho de 1905, nascia o primeiro grande ídolo do Santos Futebol Clube, o jovem e talentoso Araken Patusca, ou simplesmente “Le Danger”, apelido que lhe foi dado no ano de 1925 pela imprensa francesa, que, maravilhada com o futebol do garoto, então pertencente ao clube da Vila Belmiro, que estava emprestado ao clube Paulistano da capital paulista na vitoriosa excursão aos gramados europeus do time paulistano.
Araken foi sem dúvida ao lado de Friendenreich um dos melhores jogadores da época do futebol amador no Brasil. Na vitória santista frente ao Ypiranga por 12 a 1 em 1927, ele marcou 7 gols.
Sua primeira partida no segundo quadro do Santos FC aconteceu de maneira curiosa, ele, com 15 anos de idade estava na Vila Belmiro para assistir a partida do time que teve seu pai Sizino Patusca como primeiro presidente no período de 1912 a 1913, quando o então ponta-esquerda Edgar da Silva Marques, no aquecimento das equipes antes da partida sentiu-se mal e o diretor de futebol Urbano Caldeira colocou-o no time e ele desempenhou a contento sua função permanecendo no segundo quadro do Alvinegro praiano que nessa partida jogada em 1920 empatou com o Jundiaí pelo placar de 5 a 5 sendo que quatro desses tentos foram assinalados pela jovem promessa do time do Santos.
Sua estreia no time principal ocorreu no dia 4 de fevereiro de 1923 ,quando então tinha 18 anos, e foi em um amistoso na Vila Belmiro na derrota santista diante do Paulista de Jundiaí pelo placar de 4 a 1 com Chico Massulo marcando o tento de honra do Peixe que nessa tarde formou com: Longobardi; Waldemar e Paulino; Merino, Marba e Renato; Martin, Araken, Chico Massulo, Cardoso e Edgard.
No ano de 1927 ele atuou no ataque que ficou conhecido como “O ataque dos 100 gols” que tinha também Omar, Camarão, Feitiço e Evangelista.
Nesse ano ele foi o artilheiro do campeonato paulista com 35 tentos marcados. Em 1929 desentendeu-se com a diretoria do Alvinegro e foi punido com 90 dias de suspensão por ter sido solidário aos jogadores Siriri e Bilu que tinham sido suspensos pela diretoria por terem jogado em um festival promovido pela Liga Santista de Futebol na equipe da firma em que trabalhavam, dois meses sua punição foi suspensa, mas ele não quis permanecer no time da Vila, no ano de 1930 disputou duas partidas pela Seleção Brasileira na primeira Copa do Mundo no Uruguai ficando como atleta pertencente a Confederação Brasileira de Futebol.
Seu retorno ao time no qual tinham jogado seus dois irmãos Ararê e Ary Patusca e os primos Arnaldo e Oswaldo Silveira, no ano de 1935 para se tornar campeão paulista no título inédito do Alvinegro da Vila Belmiro.
Araken Patusca jogou no Santos FC 193 partidas marcando 177 gols no período de 1923 a 1929 e depois de 1935 a 1937 indo depois atuar na equipe do Estudantes Paulistas.
Guilherme Guarche
Coordenador do Centro de Memória e Estatística do
Santos Futebol Clube

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