Memória: Falecia Pagão, um dos grandes artilheiros da história do Santos FC

No dia 04 de abril de 1991 falecia em Santos, aos 56 anos de idade, Paulo César de Araújo, o saudoso Pagão . Sobre ele destacamos um bonito texto de um de seus maiores admiradores na imprensa esportiva brasileira, o radialista Walter Dias que assim se pronunciou em entrevista ao jornalista De Vaney, nos anos de 1960:
“Para mim, claro que excluindo Pelé, o maior futebolista é Pagão, ou, se o quiserem, foi Pagão. Classe como a dele, leveza e graciosidade como a dele, nem Pelé. O Rei possui mil qualidades, que Pagão não as tem, mas em matéria de futebol ritmo, de futebol enredo, de futebol arte, nisso, nesses detalhes, o Rei teria de fazer uma porção de continências ao gênio criador de Paulo César de Araújo. Se houvesse uma Academia de Futebol, a cadeira de “Estilo” teria de ser regida por Pagão. O Pelé tem uma porção de estilos, juntos, todos eles magníficos, que empolgam pelas sucessivas mudanças, confundindo o adversário, aturdindo o antagonista. Só Pagão tinha a característica do bailarino clássico, encantando pela fineza nos lances que compunha. A grande arma de Pagão era a fragilidade, mas essa arma às vezes se voltava contra ele, fazendo-o contundir-se e afastar-se dos treinos, e dos jogos. Não fosse isso, e Paulo César de Araújo, o magistral Pagão, teria sido sem dúvida alguma, o maior dianteiro do mundo”.
Curiosidade:
Pagão jogou pelo Santos FC 345 partidas e marcou 159 gols com a camisa do Alvinegro. Alguns torcedores o apelidaram de “canela de vidro” pois o craque vivia se contundindo com frequência desfalcando a equipe.
Guilherme Guarche – Coordenador do Centro de Memória e Estatística
 

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