A virada histórica 20 anos depois: os depoimentos de quem estava lá

O ano era 1995. O dia era de 10 e o mês, dezembro. Para os torcedores de outros times, uma data sem a mínima importância. Para o santista, um dia histórico, inesquecível e quase inigualável.
Em campo, um time que precisava de um “Messias” para reverter um resultado que parecia inalcançável. Era a segunda partida das semifinais do Campeonato Brasileiro. Depois de perder por 4 a 1 no Maracanã, a equipe liderada por um camisa 10 chegou ao Pacaembu precisando vencer por três gols de diferença.
O que parecia um sonho, aconteceu. Não de forma simples e tranquila. Tinha que ser especial. Tinha que ser o Santos FC. Comandada por Cabralzinho, a equipe fez o que parecia impossível. Com Giovanni marcando dois, Macedo, Camanducaia e Marcelo Passos, o Peixe goleou o Fluminense por 5 a 2.
O Alvinegro mais famoso do mundo conquistava uma vaga na final do Brasileirão e todos já sabem o que aconteceu…
Nós conversamos com alguns dos principais responsáveis pela façanha histórica. Confira aqui.
“Ficou marcado. Foi muito gratificante. Foi a sequencia de jogos e pude contribuir com gols. Quando alguém lembra daquele jogo, lembra do meu nome. Era um grupo muito fechado, eramos amigos. Tinhamos um grande comandante (Cabralzinho) e uma ótima comissão técnica. O condicionamento físico estava formidável. Isso ajudou muito. Sem falar do Giovanni, que era um gênio. Sabíamos da qualidade que ele tinha. Mas eu também tinha (risos)…”
Marcelo Passos – ex-meio campista e hoje avaliador das categorias de base do Santos FC
“Combinamos que se estivessemos ganhando por por 2 a 0 permaneceríamos em campo no intervalo. E aconteceu. O nosso torcedor contagiou o Pacaembu. Nem dava para escutar o técnico Cabralzinho. A gente só falava: só falta mais um gol. Essa partida deixou um legado muito grande. Nunca vi uma virada igual aquela. E a torcida que lotou o Pacaembu teve papel fundamental.”
Narciso – ex-zagueiro e hoje técnico de futebol
“Após a derrota por 4 a 1 no Maracanã, recebemos uma visita do Pelé no hotel em São Paulo. Ele contou sobre uma virada histórica sobre a Portuguesa de Desportos. A partir daí todo o clima mudou. A torcida comparecia até nos treinos no Pacaembu. O Giovanni era liderança técnica. O Galo era o capitão e combinamos algo inédito: permanecer no campo durante o intervalo. O Cabralzinho é um grande treinador e soube tirar o máximo daquele elenco. Foi o melhor momento da minha vida no futebol (emocionado)”.
Carlito Macedo – preparador físico em 1995 e atual preparador físico do Santos FC
 
 
Link: https://goo.gl/ByhPJl
 

Pular para o conteúdo